Para impedir que a rolha fique ressecada. As rolhas são
feitas de cortiça, fibra vegetal extraída da casca do sobreiro, árvore muito
cultivada em Portugal e na Espanha justamente para esse fim. Nesse material, o
ressecamento faz surgir poros parecidos com caminhos de cupim. "Quando
esses orifícios ficam muito grandes, atravessando toda a rolha, facilitam a
entrada de ar na garrafa", afirma Antonio Czarnobay, presidente da
Associação Brasileira de Enologia, em Bento Gonçalves, sede de muitas vinícolas
gaúchas. O ar é o pior inimigo do vinho, pois o oxigênio acelera a sua oxidação
o que, em casos graves, pode até transformá-lo em vinagre. (O vinagre é a transformação
do álcool, presente no vinho, em ácido acético. Isso se produz pela ação de
bactérias, que utilizam o oxigênio no processo.) Com a garrafa na posição
horizontal, o vinho fica em contato permanente com a rolha, mantendo-a
encharcada e inchada, no ponto máximo de vedação.
Mas, atenção! Depois
que o vinho já estiver aberto, a garrafa deve ficar sempre na vertical, mesmo
que a vedação seja perfeita - isso para reduzir ao mínimo possível o contato do
vinho com o ar que já está no interior do vasilhame.
Revista Mundo Estranho Edição 7/ 2002
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