Trata-se de uma teoria clássica para explicar como é
formulado o raciocínio humano. Desenvolvida pelo grego Aristóteles (384-322
a.C.), um dos pensadores mais influentes em toda a história da filosofia
ocidental, essa teoria prevê basicamente que é possível chegar a certas
conclusões a partir de noções preliminares sobre um assunto específico. O
exemplo clássico que resume o funcionamento da dedução na lógica aristotélica
diz o seguinte: "Todos os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo,
Sócrates é mortal". Os filósofos costumam dividir essa lógica em dois
princípios básicos: o silogismo e a não- contradição.
O primeiro é o
processo de argumentação exemplificado acima: a partir de duas verdades
chega-se a uma terceira, a conclusão. Já a não- contradição, como o próprio
nome diz, busca a especificidade de cada coisa: é impossível que ela seja e não
seja ao mesmo tempo. "A lógica aristotélica baseia-se no pressuposto de
que a razão humana é capaz de deduzir conclusões a partir de afirmações ou
negações anteriores. Se as premissas forem verdadeiras, as conclusões também
serão", diz o filósofo Carlos Matheus, da PUC-SP.
Revista Mundo Estranho Edição 7/ 2002
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