sexta-feira, 25 de maio de 2012

A polêmica morte de Tutancâmon

Cláudia de Castro Lima

Tutancâmon, o menino-rei que subiu ao trono aos 9 anos, foi misteriosamente assassinado dez anos depois, certo? Nada disso. Uma tomografia realizada em janeiro por uma equipe de arqueólogos chegou à conclusão de que o faraó não foi morto com uma pancada na cabeça – teoria até então mais aceita pelos pesquisadores.
A equipe de cientistas, liderada por Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades Egípcias, analisou mais de 1 700 imagens para chegar a esse consenso. No entanto, mesmo após dois meses de trabalho, a causa da morte de “Tut” não pôde ser desvendada – há a possibilidade de ter sido envenenamento. Outra hipótese é a de uma infecção generalizada causada por uma fratura no fêmur esquerdo. Mas apenas parte dos cientistas envolvidos no trabalho acredita nela.
“A teoria de assassinato se baseava num estudo anterior, de 1968, que havia detectado uma mancha na base do crânio e um osso solto, que sugeria uma violenta pancada na cabeça”, afirma o egiptólogo Julio Gralha. Mas a equipe de Hawass não encontrou o tal coágulo e acredita que os fragmentos de ossos soltos ocorreram depois da morte: eles estavam presos no material usado para embalsamar o rei.

 O pênis sumido
A equipe que analisou a múmia de Tut também fez outra descoberta: o pênis do menino-rei. A genitália do faraó de 19 anos e 1,70 metro estava sumida desde 1968, quando ele foi analisado por outro time de cientistas. Apesar de ainda não ter muita certeza, a equipe acha que encontrou o pênis caído na areia da tumba. Há lá ainda fragmentos que aparentam ser de outras partes perdidas, como o dedão e algumas vértebras.

Aventuras na História n° 021

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