É o deserto do Atacama, no Chile. Nele, cidades como Iquique
e Antofagasta só vêem chuva forte uma ou duas vezes por século! No município de
Arica, um dos mais secos do deserto, a média de chuvas não ultrapassa 0,5
milímetro por ano. "Para efeito de comparação, uma tempestade normal no
Rio de Janeiro faz cair 10 milímetros em apenas uma hora", afirma o
engenheiro José Vergara, especialista em meteorologia da Universidade do Chile.
A explicação principal para a aridez do Atacama é que naquela região é praticamente
impossível haver a formação de nuvens de tempestades. A leste do deserto, os
quase 5 mil metros de altura da cordilheira dos Andes barram a chegada do vapor
d’água que vem da Amazônia.
A oeste, as águas
frias da corrente de Humboldt, no oceano Pacífico, causam uma inversão térmica
na costa chilena que dificulta a formação das nuvens altas que trazem chuva.
Mas a secura do Atacama não é sinônimo de calor. Por causa da altitude elevada
- cerca de 2 500 metros - a temperatura do deserto oscila em torno dos 20 ºC em
pleno verão.
Revista Mundo Estranho Edição 12/ 2003
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