Ela surgiu no Egito antigo, milhares de anos antes de
Cristo, representando a imortalidade e os ciclos da natureza. Segundo o mito,
quando sentia que ia morrer, a fênix montava um ninho com incenso e outras ervas aromáticas para ser incinerada pelos
raios do Sol. De suas cinzas, nasceria uma nova ave. Assim que se sentia forte,
a nova fênix embalava as cinzas de onde surgiu em um ovo de mirra e o
transportava para o templo do deus Rá, na cidade de Heliópolis. "Para os
egípcios, a fênix também representava a alma de Rá, o deus Sol", afirma o
historiador Norberto Luiz Guarinello, da USP. Segundo a mitologia, essa ave
poderia viver mais de mil anos e durante todo esse período só existiria uma
única fênix, por isso ela também simbolizava grandes ciclos da natureza - como
os astronômicos. Sua aparência seria semelhante à de uma cegonha de plumas
douradas e vermelhas. O mito também foi incorporado por outras culturas, como a
greco-romana.
Os romanos viam na
ave uma metáfora para o caráter imortal e intocável do Império Romano e
chegaram a estampá-la em algumas de suas moedas. Com o surgimento do
cristianismo, a fênix passou a representar a idéia de ressurreição e de vida
após a morte.
Revista Mundo Estranho Edição 12/ 2003
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