Dificilmente alguém iria imaginar que um fenômeno descoberto
há mais de cem anos e do qual raramente se fala acabaria por permitir um novo
avanço na ultramoderna tecnologia das fibras óticas, em que fios de diâmetro
menor que milimétrico transmitem milhões de informações por sinais luminosos.
Mas foi o que aconteceu há pouco. Dois físicos, um americano e outro inglês,
recorreram ao soliton - uma onda que, sob certas condições, não se dispersa
durante o percurso - para tornar as fibras óticas ainda mais eficientes.
Eles conseguiram o recorde de fazer com que um pulso de luz
se mantivesse inalterado ao longo de 4 mil quilômetros de fibra ótica, sem
necessidade de estações repetidoras que lhe corrigissem periodicamente a
amplitude e a largura. Graças à descoberta, os pulsos poderão ser alimentados
por feixes de laser, cujas fontes estarão a cada 5 ou 10 quilômetros ao longo
da fibra. Resultado; a informação dentro das fibras óticas poderá correr cem
vezes mais depressa.
Revista Super Interessante n° 010
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