É um longo processo, dividido em três etapas. Na primeira
delas, chamada de preparo e padronização, a matéria-prima ordenhada das vacas é
preaquecida a 45ºC e colocada em uma grande centrífuga, que separa a gordura do
resto do leite. Essa gordura é, então, devolvida ao leite na proporção
desejada: 26% no caso do leite integral, zero para o leite desnatado. Depois de
duas pasteurizações (processo que elimina as bactérias), começa a segunda
etapa: a concentração. Em uma máquina chamada de concentrador tubular, o leite
vai escorrendo em filmes finos em uma série de tubos por onde passa vapor. Isso
faz com que ele perca água e vire uma pasta. Para obter leite condensado, basta
acrescentar açúcar. No caso do leite em pó, é necessária uma última etapa, a
secagem: a pasta é borrifada na forma de uma fina nuvem de gotículas em uma
câmara fechada, cheia de ar quente e seco, como uma sauna.
Quando as gotículas
chegam ao piso, já perderam quase toda a água e caem em forma de pó. "Aí
basta recolher e envasar, adicionando gás nitrogênio para impedir a oxidação da
gordura", diz o engenheiro de alimentos Rômulo Rocha, de uma empresa de
laticínios.
Revista Mundo Estranho Edição 5/ 2002
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