O cérebro de uma pessoa inteligente trabalha mais do que o
de uma pessoa, digamos, nem tanto. Certo? Errado. Certo é o contrário, diz o
psiquiatra americano Richard Haier. Ele, descobriu que o cérebro de pessoas de
raciocínio um pouco lento consome muito mais energia (sob a forma de glicose),
embora produza menos, como um motor mal regulado. O médico injetou uma dose de
glicose radioativa em oito jovens, antes de aplicar-lhes o teste de Ravens, com
36 questões abstratas. Depois, eles foram examinados Com o PET (sigla em inglês
de tomógrafo de emissão de pósitrons), um aparelho computadorizado que usa a
radioatividade para estudar o metabolismo humano. O cérebro daqueles que
acertaram apenas onze respostas, à esquerda na foto; queimou muita glicose – o
que pode ser percebido pelo excesso de tons quentes. Já aqueles que se saíram
melhor no teste, como o jovem que acertou 33 respostas, gastaram uma quantidade
menor de glicose, o que se traduz nos tons mais frios do cérebro à direita. De
acordo com o psiquiatra Haier, pessoas menos inteligentes talvez precisem
ativar um número maior de células do cérebro (neurônios) para completar um raciocínio
- então seus neurônios precisam de energia extra para realizar tarefas.
Revista Super Interessante n° 011
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