Odailson Almeida Fonseca
Em 1924, o físico francês Louis de Broglie (1892-1987),
Prêmio Nobel de 1929, demonstrou que um feixe de elétrons podia descrever um
movimento ondulatório, como a luz, mas com um comprimento de onda menor, o que
permite ampliações muito melhores. No microscópio eletrônico, surgido em 1933,
um feixe de elétrons emitido por um filamento de tungstênio passa por um campo
eletromagnético que, como uma lente, concentra-o sobre o objeto de estudo. Este
só pode ser analisado dentro de uma câmara de vácuo, para que os elétrons não
sofram desvios na trajetória, pelo contato com o ar. Depois de atravessar o
objeto, os elétrons passam por outros campos eletromagnéticos que ampliam e
projetam a imagem contrastada sobre um tela fluorescente. O contraste ocorre
porque as áreas mais densas da amostra retêm mais elétrons e aparecem mais
escuras na tela. A imagem é ajustada variando-se a intensidade da corrente que
gera os campos eletromagnéticos, produzindo ampliações de até 200 vezes.
Revista Super Interessante n° 010
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