Ela não atua diretamente no coração, mas pode, sim,
beneficiá-lo se for corretamente ministrada. A aspirina é feita de um ácido
chamado acetilsalicílico, que impede a aglutinação de certas partículas do
sangue, as plaquetas. "Essa ação antiplaquetária, como é chamada, faz com
que o sangue fique mais fino e, portanto, flua mais facilmente pelos vasos
sangüíneos. A aglutinação das plaquetas facilita a formação de coágulos, que
podem entupir as artérias e, assim, provocar, ataques cardíacos", afirma o
cardiologista Marcos Knobel, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Pessoas
que já tiveram infarto ou têm ponte-de-safena costumam ser tratadas com
aspirina. "É um medicamento barato
e eficiente no combate à coagulação do sangue. Em doses altas, porém, pode provocar
úlceras, porque afeta também substâncias que protegem a mucosa do estômago.
Por isso, só se deve
tomar aspirina para fins cardiológicos sob orientação de um médico", diz
Marcos. Hoje em dia existem antiplaquetários mais modernos, desenvolvidos apenas
para esses fins, quando o paciente apresenta rejeição ou alergia à aspirina.
Revista Mundo Estranho Edição 5/ 2002
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