Há controvérsias. Quanto ao mais famoso desse time não
restam dúvidas: é uma mocinha de 20 anos e 1,20 metro de altura, provavelmente
morta por um crocodilo, e que passou cerca de 3,2 milhões de anos sob as areias
da Etiópia até ser descoberta em 1974. Durante algum tempo, Lucy, essa
Australopithecus afarensis, foi tida como nossa Eva. Mais recentemente, uma
equipe liderada pelo paleontólogo Yohannes Haile-Selassie, da Universidade da
Califórnia, encontrou restos de indivíduos que viveram nessa mesma região da
África, também há 3,2 milhões de anos. A novidade é que esses foram
classificados como sendo de uma subespécie primitiva, batizada de Ardipithecus
ramidus kadabba. Depois surgiu, no Quênia, o fóssil do crânio de alguém que
viveu há cerca de 3,5 milhões de anos - 200 000 anos antes de Lucy e seus
contemporâneos, portanto.
Finalmente, de novo
no Quênia, encontraram restos de uma criatura que teria vivido há 6 milhões de
anos e representaria assim o mais antigo hominídeo já identificado. Segundos
seus descobridores, trata-se de uma nova
espécie, que recebeu o nome de Orrorin tugenensis. Mas o achado vem sendo
questionado por outros cientistas, para quem o Orrorin pertenceria a uma
espécie completamente diferente, sem nenhuma relação com a nossa. Convém aguardar
os próximos velhos capítulos da história.
Revista Mundo
Estranho Edição 5/ 2002
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