Na essência, todos os sites de busca funcionam do mesmo
jeito: montam um banco de dados com o texto de milhões de páginas e mostram
aquelas que têm a ver com a palavra que você digitou na tela de procura. A
diferença está nos detalhes. Tipo: que página deve aparecer primeiro? Se você
digita algo como "São Paulo", o site de buscas não sabe se você está
atrás de informações sobre a maior cidade do país ou sobre o santo. Mas ele tem
que dar um jeito de "saber o que você está pensando". Cada site usa
fórmulas específicas para ordenar os resultados de uma pesquisa. O jeito mais
comum, hoje, é colocar no topo da lista as páginas que recebem mais links de
outros sites.
Mas o endereço de
busca mais popular na rede, o Google (www.google.com.br), inventou um jeito de
ir mais longe: o link de uma página respeitada vale mais que um link qualquer.
Os gênios por trás da tecnologia de busca do site são dois engenheiros da
computação: Sergey Brin e Larry Page, que apresentaram o Google num artigo de
divulgação científica de 1998. Na época, o site era só um projeto de faculdade,
para a Universidade de Stanford, na Califórnia. Hoje, vale pelo menos 20
bilhões de dólares!
Oráculo da rede
Google usa até texto
de links para ordenar páginas.
1. Todo site de busca tem um gigantesco banco de dados que
serve de base para as pesquisas na rede. Isso é feito por programas chamados
"robôs" ou "aranhas". Eles varrem a internet e gravam o
texto de todos os sites que encontram, num ritmo de algumas centenas de páginas
por segundo.
2. O programa de
busca guarda informações como a posição de cada palavra nos sites varridos e o
tamanho em que ela aparece. Por exemplo: se você digitar "beatles" no
campo de busca e essa palavra estiver no título de uma página, com letras
grandes, esse site tende a aparecer bem ranqueado, ou seja, entre os primeiros
resultados da pesquisa.
3. Mas o fator que
mais influi para o ranqueamento é outro: a quantidade de links que apontam para
o site. O Google atribui mais valor aos links de páginas que, por sua vez, também
são apontadas por muitas outras. Então vale mais um link que esteja indicado no
site da Universidade de Harvard, por exemplo, do que num blog qualquer.
4. Também conta se o
link que leva à página der uma informação extra. Imagine que você tenha um site
sobre os Beatles e alguém digite "letras dos beatles" no Google. Se
outras páginas tiverem um link escrito "letras dos beatles" que leve
ao seu site, ele ganha mais valor.
Revista Mundo Estranho Edição 23/ 2004
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