Um estudo francês
indica que o chocolate, que sempre esteve entre os alimentos contra- indicados
para quem se preocupa com a boa saúde das artérias, contém no máximo 10
miligramas de colesterol e não 70, como se acreditava.
Por causa do leite que entra na sua fabricação, o chocolate
sempre esteve entre os alimentos contra- indicados para quem se preocupa com a
boa saúde das artérias: as tabelas dos nutricionistas acusavam que cada 100
gramas de chocolate continham 70 miligramas de colesterol - a substância
oriunda basicamente da gordura animal que se deposita nos vasos sanguíneos e
por isso pode acarretar graves problemas cardíacos. Um estudo francês, porém,
indica que o chocolate talvez tenha sido injustamente culpado. O erro
consistiria em não terem sido levadas em conta determinadas reações químicas na
digestão que modificam a gordura vegetal existente na manteiga de cacau, a base
do chocolate.Tais reações transformam o ácido esteárico saturado do cacau em ácido oléiço poliinsaturado, o mesmo responsável pelas propriedades medicinais do azeite de oliva, que os cientistas descobriram há alguns anos. Os ácidos oléicos aumentam no colesterol total do organismo a proporção de HDL (lipoproteínas de alta densidade). Trata-se do chamado bom colesterol, que ajuda a remover as obstruções causadas pelo LDL (lipoproteínas de baixa densidade), o temível mau colesterol. Assim, com os benefícios indiretos da gordura de cacau compensando os malefícios do leite, 100 gramas de chocolate conteriam no máximo 10 miligramas de colesterol e não 70 - um resultado que talvez mereça ser comemorado com uma caixa de bombons.
Revista Super Interessante n° 030
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