Pesquisadores dos EUA
estão projetando o acelerador de campo ativado, dez vezes menor que os mais
poderosos, para descobrir os mistérios da matéria provocando colisões entre
elétrons.
Os cientistas que tentam descobrir os mistérios da matéria
provocando colisões entre elétrons têm nos custos cada vez mais altos dos
aceleradores de partículas um obstáculo desanimador. Para superar essa
barreira, pesquisadores do Laboratório de Argonne, em Illinois, Estados Unidos,
estão projetando o que chamam de acelerador de campo ativado. Dez vezes menor
que os mais poderosos - como o recentemente inaugurado acelerador de Genebra,
que mede 27 quilômetros - e muito mais barato, ele se beneficiará de uma
tecnologia que pode ser eficiente justamente porque explora a simplicidade. À
medida que um feixe de elétrons corre por dentro de um tubo de argila revestido
de alumínio, os átomos da parede desse tubo adquirem momentaneamente carga
positiva. Essa carga positiva móvel atrai, por sua vez, outro feixe de elétrons
que vem atrás, acelerando sua velocidade. Assim, quanto mais rápido o primeiro
grupo de elétrons passar no tubo, mais
rápido passará o segundo grupo. Embora ainda sejam necessários pelo menos cinco
anos de pesquisas para se ter certeza de que essa tecnologia funciona, os
cientistas estão apostando muito numa futura geração de ultrapoderosos
aceleradores de campo ativado.
Revista Super Interessante n° 029
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