Cheias de gás
Redondinhas ganham pressão depois que uma pastilha de nitrogênio
explode em seu interior.
1. O ingrediente básico das bolinhas de tênis é a borracha.
No primeiro passo, a borracha é prensada em moldes de ferro e ganha o formato
de uma concha. Para nós, brasileiros, o detalhe irônico é que toda a borracha
usada na indústria do tênis vem da Malásia, país que iniciou a produção de
látex com sementes de seringueira contrabandeadas da Amazônia...
2. Na fase seguinte, uma pastilha de nitrogênio é colocada
no meio de duas conchas de borracha, que são unidas por uma cola especial. Para
reforçar a junção, as duas metades são fundidas em uma prensa a 200 ºC, durante
uma etapa conhecida como vulcanização. Com o calor, a pastilha de nitrogênio
explode, liberando o gás que enche a bolinha.
3. Com a bolinha cheia, falta revestir sua parte externa com
o feltro, um tecido formado por náilon e lã amarela. Primeiro, dois pedaços de
feltro são cortados e colados com uma massinha branca. Depois, a bolinha passa
por nova vulcanização para grudar melhor o feltro e a massinha à bola.
4. No passo final, as bolinhas são embaladas em tubos de
plástico selados a vácuo, para evitar qualquer perda de pressão antes da
chegada às quadras. Em torneios profissionais, uma bolinha não é usada por mais
que 9 pontos. Basta esse curto período para que surjam pequenas deformações na
superfície da bolinha, prejudicando o jogo dos melhores do mundo.
Revista Mundo Estranho Edição 33/ 2004
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