VINHO BARATO
Pedro Álvares Cabral tinha fama de administrador sovina. Ao
abastecer sua esquadra para a viagem do descobrimento, escolheu o vinho mais
barato que encontrou – de Évora, no Alentejo, lugar mais conhecido pela cortiça
da fabricação de rolhas do que por suas cepas. Chamado Pêra Manca, o vinho
ainda hoje é fabricado, e os especialistas garantem que, nesses 500 anos, ele
melhorou muito. Mesmo na época deu para o gasto: Pero Vaz de Caminha, ao menos,
nunca se queixou de dor de cabeça em suas cartas.
SOBRENOME NA MARRA
Sobrenome na Turquia é coisa recente. Lá, eles só foram
adotados em 1936, quando um decreto do ditador Kemal Ataturk passou a exigir
sua utilização por todos os cidadãos. Até então, a identificação entre o povo
era feita pela árvore genealógica (“fulano filho de beltrano que era filho de
sicrano etc.”). Imagine onde isso chegava. Em tempo: o governante foi nada
modesto ao escolher um para si: “Ataturk” quer dizer “o pai dos turcos”.
SALSINHA PODEROSA
O imperador Carlos Magno tinha fama de bom prato. Aliás, um
dos temperos mais utilizados na cozinha ocidental ganhou popularidade por sua
causa: a salsa. Ela era conhecida desde a Grécia antiga, mas até o século 8 era
usada como enfeite. Quando o imperador provou-a, porém, tudo mudou: ele mandou
que a erva fosse plantada de cabo a rabo na França.
Aventuras na História n° 050
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