Revista Mundo Estranho Edição 32/ 2004
Este Blog foi Elaborado com a Finalidade de Aprofundar os estudos de Geografia e História, bem como curiosidades com textos diversificados no mundo das Ciências Humanas
sábado, 20 de julho de 2013
Qual a diferença entre as escritas coreana, japonesa e chinesa?
As três têm uma origem comum: a milenar escrita chinesa.
Criado há 4 mil anos, esse tipo pioneiro de escrita oriental não usa letras de
um alfabeto, mas os chamados ideogramas, símbolos ou sinais que representam um
conceito ou uma idéia - podem ser coisas concretas ou abstratas, como
sentimentos. Escrever com eles é como encaixar as peças de um quebra-cabeças.
Por exemplo, para escrever "amanhecer", os chineses usam o ideograma
que representa "sol" mais o ideograma que indica "árvore".
A escrita chinesa baseia-se até hoje nesse sistema. A japonesa, que recebeu
muita influência da China, também nasce dessa raiz milenar, mas com algumas
adaptações. Na moderna escrita japonesa, o kanji, os ideogramas chineses são
ligados uns aos outros por conectivos, também criados a partir dos ideogramas
chineses. Em um paralelo com a nossa língua, é como se os ideogramas fossem os
substantivos ("salão" e "dança", por exemplo) e os
conectivos fossem as preposições (o "de" que liga "salão de
dança"). Faltou falar do coreano. A Coréia absorveu os costumes chineses
até 1443, quando o rei Sejong determinou a criação de um alfabeto que
representasse o som da língua coreana. Isso porque, naquela época, os coreanos
falavam uma língua, o coreano, e escreviam em outra, o chinês. Três anos
depois, surgiu o hunminjeongeum (algo como "os sons corretos para a
instrução do povo"), o único alfabeto de sons do Extremo Oriente. Nesse
sentido, o coreano se parece mais com o português que com o japonês ou o
chinês: ele é o resultado de uma montagem de sons e não de significados.
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