A morte do
pernambucano Mário Schenberg, em novembro do ano passado, privou o país de um
dos maiores cientistas de sua história. Classificado por Albert Einsten entre
os dez maiores físico do mundo, nos anos 40, quando estava no auge da
criatividade, ele participou do extraordinário esforço para explicar o
funcionamento das estrelas por meio da força nuclear. Mas sua importância vai
muito além disso. Antes de mais nada,
ajudou a modernizar o ensino de Física no Brasil, praticamente inexistente na
década de 30, como disciplina independente – formado engenheiro e matemático,
ele mesmo só regularizou sua situação acadêmica depois de iniciar a pesquisa.
Desde então, tornou-se um pioneiro na divulgação da história da ciência, tema
essencial ao aprendizado e à pesquisa. Paralelamente, cultivou o gosto pelas
artes plásticas, tornando-se um crítico influente: também participou da
política, a ponto de eleger-se, em 1946, ano da Constituinte, deputado estadual
pelo Partido Comunista. Era, acima de tudo, um pensador original e inquieto,
como gostava de admitir. “Eu não me importo com barreiras desnecessárias.”
Revista Super Interessante n° 040
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