Uma rocha informe com
200 quilômetros de diâmetro, Quíron tem sido um problemático corpo celeste
desde a sua descoberta, em 1977. Os astrônomos, simplesmente, não sabem dizer
se ele é um pequeno asteróide, ou um gigantesco cometa. Muito maior, por
exemplo, que o Halley, que tem 12 quilômetros de diâmetro, ele, inicialmente,
agia como um asteróide fora de lugar, pois girava próximos dos distantes Netuno
e Urano, e não entre Marte e Júpiter, o território tradicional dos asteróides.
Nos últimos anos, porém, ele está se aproximando do centro
do sistema solar e, ao ser aquecido pelo Sol, começa a ejetar poeira e gases de
sua massa. É o que fazem os cometas quando desenvolvem suas majestosas caudas,
que não são outra coisa senão um envoltório de gases e poeira. Mas os cometas,
usualmente, despencam para o Sol de regiões muitíssimo mais distantes que
Plutão, o último planeta conhecido pode se transformar em exceção a essa regra
e, em vista do seu tamanho, seria uma exceção espetacular.
Revista Super Interessante n° 039
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