Revista Super Interessante n° 040
Este Blog foi Elaborado com a Finalidade de Aprofundar os estudos de Geografia e História, bem como curiosidades com textos diversificados no mundo das Ciências Humanas
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Claude-Louis Berthollet e o cloro
Durante o período do
Terror (1792-1794), a mais negra fase da Revolução Francesa, era comum o Comitê
de Salvação Pública, comandado por Robespierre, determinar a execução de
inimigos com base em falsas acusações. Certa vez, o Comitê denunciou uma
conspiração para envenenar soldados com conhaque, Mas, para punir os
responsáveis, era preciso provar a culpa. Por isso, uma amostra da bebida foi
enviada para análise ano químico Claude-Louis Berthollet (1749-1822),
respeitado por ter descoberto, entre outras coisas, que o cloro tinha
propriedades descorantes que podiam ser usadas para branquear tecidos. Junto
com a amostra, uma ameaça explícita: Robespierre necessitava da prova e quem
desobedecesse seria guilhotinado. Mas Berthollet não se deixou intimidar.
Terminada a análise, concluiu que não havia veneno na bebida. Chamado ao Comitê
para alterar o laudo, o cientista, irredutível, decidiu mostrar que dizia a
verdade e bebeu o conhaque na frente de todos. Irritado, Robespierre gritou: Como ousa beber esse líquido?Muito mais ousei quando assinei o
laudo, respondeu Berthollet. Ele só escapou da guilhotina porque o Comitê
precisava de seus serviços.
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