Bell X-1 foi o primeiro avião no mundo a romper a barreira
do som.
Durante a Segunda Guerra, vários aviões sofreram uma
estranha turbulência quando atingiam velocidades próximas à do som (que é
variável e, a 13 mil metros do nível do mar, é de 1226 km/h). O fato logo
ganhou explicação científica. O som forma uma espécie de onda de pressão, que
se desloca pelo ar. Quando um avião chega a essa velocidade, ele encontra uma
verdadeira muralha de ondas sonoras – batizada de “barreira do som”.Quebrá-la passou a ser o objetivo dos americanos. Ao fim da Segunda Guerra, a Força Aérea, o Comitê Nacional de Assuntos Aeronáuticos (Naca, depois Nasa) e a fabricante Bell se uniram para esse fim. Há 60 anos, em 14 de outubro de 1947, na base aérea de Muroc, na Califórnia, o piloto Chuck Yeager realizou a façanha. Pilotando o avião de testes Bell X-1, ou Glamorous Glennis (em homenagem à sua esposa), Yeager alcançou 1540 km/h.
É um pássaro?
O Bell X-1 voou a 13120 metros de altura
Cortina de ferro
O Bell X-1 foi o primeiro avião a romper a barreira do ar –
que é um fenômeno visível a olho nu e que se forma no nariz do avião, mas que o
percorre por inteiro conforme ele a quebra. Um violento estrondo foi ouvido no
momento.
Câmera, ação
Aqui ficavam acondicionados cerca de 230 quilos de
equipamentos, como um telêmetro (que media velocidade, altitude e aceleração),
um manômetro para verificar a pressão nas diversas partes da aeronave e uma
câmera, que gravava os instrumentos da cabine durante o vôo.
Reze para sair
A cabine era pressurizada e o piloto tinha de selar a porta
por dentro. Em caso de pane no avião, não havia como ser ejetado. O piloto
Joseph Cannon, em 1951, se queimou numa explosão, no solo, porque não conseguiu
sair do avião.
Avião despedaçado
A fuselagem do Glamorous Glennis, de alumínio reforçado,
garantia que o avião não ficasse todo em pedaços quando estivesse próximo de
superar a barreira do som – um risco que se corria à época. Do mesmo modo, o
motor era feito de aço, para suportar as explosões da impulsão a jato.
Abra suas asas
O avião foi projetado a partir do que era considerado o
modelo de aerodinâmica perfeito para a época: o projétil de uma metralhadora
.50, que viajava acima da barreira do som. As asas eram extremamente finas e
quase retas.
Motor a jato
O motor-foguete XLR-11 consumia uma mistura de álcool
etílico com oxigênio líquido e tinha quatro câmaras separadas. Depois de
apertado o botão, não dava para “controlar” a velocidade. E o avião descia em
vôo planado.
Aventuras na História n° 049
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