segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mestre Bimba, o pai da capoeira

Carol Knoploch

Documentário conta a história de mestre Bimba, o criador da capoeira regional.
Entre 1890 e 1937, jogar capoeira na rua dava prisão de seis meses. Era crime previsto no Código Penal da República. Mas uma academia que funcionava em Salvador, na Bahia, desde 1932, desafiava a proibição. À sua frente, Manuel dos Reis Machado, ou mestre Bimba.
Analfabeto, Bimba, nascido em 1899, foi mais do que um grande capoeirista. Ele foi um educador: o primeiro a criar um projeto esportivo e pedagógico para o jogo, composto por 52 golpes e contragolpes. A sistematização que fez da capoeira, que já era jogada no Brasil por escravos desde o século 17, ganhou o nome de “capoeira regional”.
O gigante baiano, de 1,93 metro e 89 quilos, brigou – e muito – para livrar o esporte de seu caráter marginal, de coisa de escravo fujão. E conseguiu. Tanto que hoje, ao lado de outra vertente, a “capoeira de angola” (criada pelo baiano mestre Pastinha), é praticada por cerca de 8 milhões de pessoas em mais de 160 países.
A história do criador da capoeira regional é contada, por meio de depoimentos de historiadores, alunos, amigos e outras feras do esporte, no documentário Mestre Bimba – A Capoeira Iluminada, que entra em cartaz nos cinemas do país inteiro em agosto. Com direção de Luiz Fernando Goulart, o filme é baseado no livro Mestre Bimba – Corpo de Mandinga, escrito por Muniz Sodré.

Aventuras na História n° 048

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