O traço mais marcante
da evolução humana foi o aumento de tamanho do cérebro, mas algumas salamandras
fizeram o caminho oposto. Em algumas espécies da família Plethodontidae, o
cérebro chega a ter um volume 27 vezes menor que em outras. Mas isso não é problema,
como mostra a habilidade de flagrar as presas e captura-las com a língua – uma
das funções mentais decisivas para esses répteis. Embora tenham muito menos
neurônios, as salamandras pequenas são tão rápidas e precisas na caça quanto as
salamandras grandes.
O neurologista Gerhard Roth, da Universidade de Bremen, na
Alemanha, acredita, na verdade, que a miniaturização foi importante para o
sucesso evolutivo dessa família de salamandras, na qual se encontram alguns dos
menores vertebrados do mundo. O seu cérebro, conforme descobriu o cientista, é
mais compacto e bem mais estruturado do que o cérebro de suas parentas.
Revista Super Interessante n° 039
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