O maior guerreiro de todos os tempos não morreu. Ele venceu mais de 60 duelos, criou um estilopróprio de luta com a espada e virou um guru em estratégia. E continua vivo na alma dos japoneses.
por Ernesto Yoshida
O filme O Último Samurai, superprodução com o astro Tom Cruise que estreou no Brasil em janeiro, recria os derradeiros dias dos homens que comandaram os destinos do Japão durante mais de 700 anos. Da sua ascensão à elite do país até o ocaso, os samurais moldaram valores que ainda são caros aos japoneses de hoje. Prova disso é a popularidade daquele que é considerado o maior de todos os samurais, Miyamoto Musashi, morto há quase 350 anos. Durante todo o ano de 2003, a NHK, principal emissora de TV do Japão, exibiu um seriado sobre Musashi que cativou milhões de espectadores. O épico foi baseado no romance Musashi, do escritor Eiji Yoshikawa. Publicado originalmente como um folhetim no Asahi Shimbun, entre 1935 e 1939, tornou-se a obra literária de maior sucesso na história do Japão, com mais de 120 milhões de exemplares vendidos. Foi traduzido para 23 línguas, incluindo o português. Inspirou uma história em quadrinhos, a Vagabond, que já vendeu 28 milhões de cópias no Japão e foi lançado também no Brasil.
Nas narrativas sobre Musashi, ficção e realidade misturam-se para aumentar o mistério em torno dele. Há passagens obscuras em sua vida, a começar pelo local e pela data de nascimento. A versão mais corrente é a de que ele nasceu em 1584 na província de Harima (atual Hyogo, sudeste do país). Seu nome: Shinmen Musashi no Kami Fujiwara no Genshin. A mãe morreu logo após dar à luz, enquanto o pai, o samurai Shinmen Munisai, foi uma figura ausente. Deu ao filho as primeiras lições de manejo da espada, mas, quando Musashi ainda era criança, desapareceu.
O ressentimento com o pai pode ter contribuído para o temperamento agressivo de Musashi, que já sofria por causa de sua aparência – tinha cicatrizes na pele provocadas por sífilis congênita. Aos 13 anos, duelou com um samurai já famoso, Arima Kihei. Atacou furiosamente o adversário e o golpeou até a morte. Aos 16 anos, venceu outro duelo, contra Tadashima Akiyama. “Musashi não tinha técnica alguma e tirava proveito de sua força física”, diz Jorge Kishikawa, mestre em artes marciais e criador do Instituto Niten, representante no Brasil do estilo de luta com espadas desenvolvido por Musashi na maturidade.
Por volta de 600, Musashi alistou-se nas forças do clã Ashikaga, que brigava pelo poder no Japão. Sobreviveu à derrota na Batalha de Sekigahara, da qual saiu vitorioso o general Tokugawa Ieyasu. Depois disso, Ieyasu e seus descendentes governariam o país com mão de ferro por dois séculos e meio. No célebre O Livro dos Cinco Anéis (“Gorin no Shô”), obra que escreveu no fim da vida, Musashi não faz qualquer menção à batalha, na qual se estima que morreram cerca de 70 mil homens. O livro de Yoshikawa, no entanto, afirma que Musashi sobreviveu à batalha e passou a vagar como um ronin (samurai sem um senhor a quem servir). Na época, Tokugawa tinha os daimiôs (senhores feudais) sob controle, o Japão estava em paz e muitos samurais tornaram-se burocratas ou passaram a dedicar-se às artes.
Outros, como Musashi, levavam a vida perambulando pelo país à procura de adversários para medir forças. Mas, ao contrário de muitos ronins, Musashi não encarava esses combates como um passaporte para a fama ou para um bom emprego nos palácios. Ele queria era desenvolver sua técnica de esgrima. “Musashi não teve mestre e aprendeu a manejar a espada na prática. Foi pela experiência que compreendeu a profundidade do caminho do guerreiro”, diz Jorge.
Esse caminho tem um nome em japonês: bushidô. Ele é um código de honra não-escrito que rege a conduta dos samurais. Reunindo princípios do xintoísmo, budismo e confucionismo, o bushidô enfatizava valores como bravura, justiça, lealdade, autocontrole e senso de gratidão. Para os samurais, aperfeiçoar-se no manejo da espada era uma forma de fortalecer o espírito e alcançar essas virtudes.
É claro que, no início de sua carreira de espadachim, Musashi ainda não tinha noção de tudo isso. Em 1605, aos 21 anos, partiu em peregrinação para Kioto, então capital do país. Logo ao chegar, desafiou Yoshioka Seijuro, um respeitado instrutor de esgrima cuja família teria, no passado, tido um entrevero com Munisai, o pai de Musashi. Munisai teria abatido dois membros da família Yoshioka em duelos. Na terceira luta, porém, teria sido derrotado.
Musashi enfrentou Seijuro num duelo e o venceu usando apenas um bokken (espada de madeira, usada para treinos). Humilhado, Seijuro renunciou à vida de samurai. Coube ao irmão dele, Denshichiro, desafiar Musashi para salvar a honra da família. Demonstrando sua noção de estratégia, Musashi chegou deliberadamente atrasado ao local da luta, o que irritou Denshichiro e lhe tirou a concentração. Musashi o matou com um golpe na cabeça, novamente com um bokken. Os Yoshioka lançaram então novo desafio em nome de Hanshichiro, um menino de 11 ou 12 anos, que seria acompanhado por um grupo de samurais. Consta que a intenção era preparar uma emboscada para Musashi. No entanto, ele mudou de tática e, dessa vez, chegou cedo ao local do duelo e se escondeu. No momento certo, saiu do esconderijo e surpreendeu os adversários. Matou Hanshichiro e, com uma espada em cada mão, enfrentou todos.
Na época, os samurais eram os únicos que podiam portar espadas. Costumavam levar duas delas à cintura: o kataná (com 60 a 90 centímetros de comprimento) e o wakizashi (30 a 60 centímetros). Este era usado apenas em lutas em ambientes fechados. Em geral, os samurais seguravam o kataná com as mãos, mas Musashi desenvolveu um novo estilo que ficou conhecido como nitô ichiryu (“duas espadas, uma escola”) ou niten ichiryu (“dois céus, uma escola”). Ele usava esse recurso quando enfrentava mais de um opositor, tirando proveito do porte avantajado (ele tinha mais de 1,80 metro), o que o permitia segurar uma espada em cada mão.
Depois dos embates com os Yoshioka, Musashi enfrentou samurais dos mais diferentes estilos. Ao todo, foram mais de 60 duelos. Em O Livro dos Cinco Anéis, Musashi afirma que jamais foi derrotado. Mas há controvérsias. Segundo outra versão, relatada em Kaijo Monogatari, em obra apócrifa de 1629, ele enfrentou duas vezes um guerreiro chamado Muso Gonnosuke, em 1605. Na primeira, Musashi foi o vencedor. Na revanche, Gonnosuke usou uma nova arma, o jô, um bastão de madeira, e derrotou Musashi. Os dois teriam se tornado amigos desde então.
O mais célebre duelo de Musashi foi contra outro espadachim de renome, Sasaki Kojiro, e ocorreu em 14 de abril de 1612, em Funajima, uma ilhota na região de Kyushu, no sul do país. De acordo com o relato de Yoshikawa, Musashi repetiu a tática de atrasar-se para o duelo com o objetivo de enervar seu oponente. Durante a travessia até a ilha, esculpiu uma espada com o remo do barco. Estava sujo e despenteado e surpreendeu Kojiro com sua aparência. Correu em direção ao rival e Kojiro atingiu a faixa que Musashi usava na cabeça. No instante seguinte, Musashi derrubou Kojiro com um golpe certeiro no crânio.
Depois desse duelo, Musashi sumiu do mapa. Segundo Yoshikawa, pouco se sabe sobre a vida dele depois disso. O samurai nunca se casou, mas adotou um menino chamado Iori. Há relatos de que, em 1614 e 1615, Musashi se juntou às tropas de Tokugawa Ieyasu no cerco ao castelo de Osaka, onde o clã Ashikaga havia se sublevado (Musashi lutara ao lado dos Ashikaga na Batalha de Sekigahara). Em 1637 e 1638, Musashi ajudou a sufocar uma rebelião de camponeses cristãos em Shimabara, no sul do país. Na época, o filho Iori ocupava um importante cargo a serviço do daimiô Ogasawara Tadasane, simpático ao regime de Tokugawa.
Em 1640, Musashi tornou-se hóspede no castelo do daimiô Hosokawa Tadatoshi, em Kumamoto, no sul do Japão. Ali, trabalhou como instrutor de esgrima e desenvolveu seus outros talentos. Longe dos combates, produziu caligrafias, pinturas e esculturas – algumas são consideradas obras-primas e podem ser vistas ainda hoje no Japão, em especial no Museu de Artes de Shimada, em Kumamoto. Em 1643, Musashi foi viver como eremita na caverna de Reigando, localizada na mesma região. Dedicou-se a escrever O Livro dos Cinco Anéis, uma obra de estratégia que, três séculos mais tarde, se tornaria o livro de cabeceira de empresários do mundo inteiro interessados em aprender táticas para superar a concorrência na disputa por mercados. Musashi finalizou a publicação poucas semanas antes de morrer, em 19 de maio de 1654. Sua morte também está envolta em brumas. Só em Kumamoto há cinco sepulturas onde supostamente se encontram seus despojos. Mas alma do samurai não está em nenhuma delas.
Ascensão e queda
Os guerreiros samurais serviram aos líderes que dominaram o Japão por sete séculos e mudaram a história de seu país
Guerra de Gempei (1180 – 1185)
O clã Minamoto (também chmado Genji) vence o clã Taira (ou Heike) e assume o poder no Japão. Em 1192, Minamoto Yoritomo declara-se xogum (líder supremo) e instala um governo militar. Os clãs locais formam suas próprias milícias para assegurar a coleta de impostos e proteger seus domínios, os samurais ganham importância e viram uma elite guerreira.
Invasão mongol (1274 e 1281)
Liderados por Kublai Khan, mongóis instalados no poder da China tentam por duas vezes invadir o Japão, mas sua esquadra foi arrasada por tufões. Os que conseguem chegar à ilha são trucidados pelos samurais, que ganham fama de serem invulneráveis. Surge o termo kamikase (vento divino), que seria ressuscitado durante a Segunda Guerra Mundial
Guerra de Onin (1467 – 1477)
Com a ascensão dos daimiôs, o xogum perde a força. A disputa pelo poder põe as famílias Hosokawa e Yamana em lados opostos, na Guerra de Onin. O conflito destrói o que restava de autoridade do governo central. Outros clãs tentam ampliar seus domínios, levando o país a um século inteiro de guerra civil (período conhecido como Sengoku Jidai). Nunca os samurais trabalharam tanto
Chegada dos portugueses (1542)
Na época das navegações, os portugueses chegam ao Japão. Iniciam um próspero comércio com os nipônicos e introduzem, entre outras coisas, as armas de fogo. Em 1549, o cristianismo propaga-se rapidamente e o xogunato proíbe a atividade missionária. O cristianismo é banido, os portugueses são expulsos e, em 1640, o Japão praticamente se isola do resto do mundo
Batalha de Sekigahara (1600)
Cerca de 150 mil samurais lutam na mais importante batalha da história do Japão. O general Tokugawa Ieyasu derrota clãs rivais e completa a unificação do país. Em 1603, Tokugawa torna-se xogum e estabelece seu governo em Edo (atual Tóquio). Consolida a divisão da sociedade em quatro classes: samurais, camponeses, artesãos e comerciantes. Seus sucessores governam por mais 250 anos
Reabertura dos portos (1853 – 1854)
O isolamento dos Tokugawa preservou traços da cultura japonesa, mas estagnou o país militar e economicamente. Isso ficou evidente em 1853, quando o navegador Matthew Perry entra na Baía de Tóquio com uma esquadra, exigindo a reabertura dos portos. Perry volta em 1854 e impõe a assinatura de um tratado. Seguem-se acordos com Rússia, Inglaterra e Holanda
Restauração Meiji (1868)
Jovens samurais de clãs hostis ao xogunato rebelam-se contra o governo. Em 1868, anunciam a restauração do governo imperial, entregando o poder ao jovem imperador Meiji. Em 1869, as últimas forças dos Tokugawa se rendem. No novo regime, o país se volta para o Ocidente e inicia um processo de rápida modernização. Em 1876, a classe dos samurais perde seus privilégios e chega ao fim
Posições perigosas
Musashi elaborou cincokamaes, posições fundamentais decombate. Veja uma demonstraçãodo mestre Jorge Kishikawa
1. Chudan
As espadas ficam na altura do peito, dirigidas para a garganta do adversário. Prontidão para o ataque e para a defesa. É considerado o principal kamae, pois dele derivam os demais.
2. Hidariwaki
Postura assumida para combate em espaços estreitos ou com obstáculos. O samurai prepara-se para atacar e, ao mesmo tempo, protege seu lado esquerdo
3. Gedan
Numa postura neutra, as espadas são apontadas para baixo. O estado de aparente relaxamento ajuda a discernir a intenção do adversário e cria a chance de um rápido contragolpe
4. Migiwaki
Essa é outra postura de combate assumida em ambiente que permite pouca movimentação. Aqui, o espadachim prepara-se para enfrentar uma inimigo no flanco direito
5. Jodan
Levanta-se a espada longa sobre a cabeça, enquanto a outra dissuade o avanço do adversário. É uma postura bastante agressiva, tanto física quanto psicologicamente
Vestido para matar
Vistosas e pesadas -algumas passam de 40 quilos -, as armaduras eram usadas pelos samurais somente durante as batalhas
1. Menpô (máscara ou viseira)
É a parte da frente do capacete, cuja função era proteger o rosto. Algumas tinham formas demoníacas e continham bigodes, dando ao samurai um aspecto ainda mais agressivo
2. Kabuto (capacete)
Além de proteger a cabeça, simbolizava o poder e o status do samurai. Muitos traziam adornos exagerados, como enormes chifres, para intimidar os inimigos
3. Kotê (braçal)
Servia para proteger os antebraços e os punhos. Originalmente, os arqueiros o usavam para evitar que a manga do quimono os atrapalhasse na hora de disparar a flecha
4. Dô (protetor do abdome)
Formado por placas de metal ou de bambu revestidas com couro. Por ser a parte mais visível da armadura, era a que apresentava maior variedade de tipos
5. Kusazuri (protetor das coxas e da virilha)
É uma espécie de saia de placas de metal presa a uma cinta de couro e amarrada à parte inferior do Dô
6. Suneate (grevas)
Feitas de metal ou de couro laqueado, sua função era proteger as canelas e os joelhos
Arma mortal, alma imortal
Espada vira obra de arte e sobrevive aos samurais
Se havia uma coisa que não ocupava o espírito de Musashi era a higiene pessoal. Ele não gostava de se separar de suas espadas e, para não correr o risco de ser surpreendido por um inimigo, não costumava nem tomar banho. Folclore ou não, essa história serve para mostrar que, para o samurai, a espada é companheira de todos os momentos. Mais que uma arma, é uma extensão do seu corpo. A história da espada japonesa, ou nihontô, tem mais de 1 500 anos. A técnica de produção foi copiada da China, mas os japoneses desenvolveram um estilo próprio. No século 11, o nihontô já havia adquirido sua forma elegantemente curva. Com um paciente e intrincado processo de esquentar, dobrar e martelar folhas de metal com vários graus de dureza, os forjadores produziram lâminas mais duras perto do fio e mais flexível nas costas da espada, o que se traduz em grande resistência e poder de corte. Com a extinção da classe dos samurais, em 1876, o uso da espada foi proibido no Japão.
Meio século depois, a arma foi ressuscitada pelos militares, ávidos por apropriar-se do símbolo e do espírito dos samurais. Com a derrota japonesa na Segunda Guerra, as forças americanas confiscaram as espadas – e levaram milhares delas como troféus de guerra. Mesmo com esses reveses, o nihontô não perdeu seu encanto. Atualmente, há no Japão mais de 300 artesãos que se dedicam a fazer espadas. A explicação para sua longevidade parece simples: a combinação entre a mística dos samurais, presente em cada espada, e a engenhosa técnica dos artesãos elevou o nihontô à condição de obra de arte. E, como tal, resiste àqueles que lhe deram vida.
Corta até pensamento
As principais partes de uma espada japonesa
Há (lâmina)
Curva e afiada, é a essência da espada. Pode ter entalhes, desenhos e inscrições na superfície
Kogataná (canivete)
Pode ser lançado contra o inimigo ou ter um uso mais singelo – como para descascar uma laranja
Tsubá (guarda)
Além de aparar os golpes e proteger as mãos, é uma peça decorativa que atrai colecionadores
Tsuká (empunhadura)
Feita de madeira, esconde embaixo, no cabo da lâmina, o nome do forjador
Sageo (cordão)
Prende a bainha da espada ao obi, a faixa usada na cintura para fechar o quimono
Sayá (bainha)
Feita de material leve como madeira ou marfim, serve para proteger a lâmina
Saigo Takamori: O Último Samurai
Filme se inspira no samurai que viveu o dilema da transição entre o velho e o novo Japão
O Último Samurai, do diretor Edward Zwick, conta a saga do capitão Nathan Algren (Tom Cruise), um veterano da guerra civil americana contratado pelo governo do Japão, em 1876, para treinar o Exército imperial. Algren cai prisioneiro de um bando de samurais liderado por Katsumoto (Ken Watanabe), que se rebelou contra o governo por se opor à modernização. Preso, o americano passa a admirar os samurais e seu código de honra. Se o capitão interpretado por Cruise é fruto da imaginação dos roteiristas de Hollywood, o samurai Katsumoto foi inspirado num personagem real: Saigo Takamori (1828-1877), um dos cabeças do movimento que derrubou o xogunato de Tokugawa, em 1867, e restaurou o governo imperial. Virou conselheiro do governo Meiji, que em pouco tempo mudou tudo no país. O novo regime enviou missões ao exterior para estudar as instituições políticas e econômicas, tornou o ensino obrigatório, promoveu uma reforma administrativa e iniciou a modernização das Forças Armadas.
As reformas atingiram em cheio os samurais, que perderam seu status, foram proibidos de portar espadas. O conservador Takamori começou a se sentir traído pelo governo que ajudou a instaurar. Em 1873, quando sua proposta de guerra contra a Coréia foi rejeitada, ele deixou o governo e abriu uma escola militar, que atraiu samurais descontentes. Em 1877, discípulos de Takamori atacaram um arsenal do governo. O Exército reagiu e, após seis meses de combates, os samurais com suas velhas espadas sucumbiram à artilharia pesada do Exército. Takamori praticou seppuku (ritual de suicídio pelo corte do ventre). Era o fim trágico do velho samurai, que depois foi perdoado pelo governo Meiji e virou um herói. Agora, 126 anos depois, seu espírito ressurge na telona, com som digital em uma superprodução de 120 milhões de dólares.
Aventuras na História Edição 006 Fevereiro de 2004
Nenhum comentário:
Postar um comentário