Anistia Informa- Comportamento dos Países

Nesta seção, Mundo divulga relatórios, campanhas e denúncias da Anistia Internacional (AI) sobre o comportamento dos países em relação aos Direitos Humanos. Caso você tenha dúvidas, queira saber mais ou pretenda participar da AI, anote o endereço: São Paulo: Rua Vicente Leporace, 833 CEP 04619-032 fone: (11) 542.9819

A AI lançou em julho seu relatório anual sobre os direitos humanos. Em 352 páginas, cobre 151 países no ano de 1993. Conflitos étnicos, nacionalistas e religiosos, fome e repressão produziram enormes contingentes de refugiados. Mais países, especialmente os ricos, fecham suas portas a quem precisa de proteção. A desintegração da autoridade do Estado enseja medo e miséria. Divulgamos, aqui, um quadro resumido por região.

ÁFRICA

Detenções e execuções políticas, “desaparecimentos”, torturas. Massacres no Burundi, Libéria e Zaire. Execuções extra-judiciais em Angola e Ruanda. Perseguição política na Nigéria. Na África do Sul, o fim do apartheid foi acompanhado por crescente violência das forças de segurança.

AMÉRICAS

A “limpeza étnica” cometida ou tolerada pelos governos continuou impune. Prisões com excesso de população e condições desumanas. Execuções de crianças de rua e seres humanos “descartáveis” no Brasil e Colômbia, muitas vezes por assassinos ligados às polícias. Povos indígenas sob ameaça constante na Guatemala. Em Cuba, severas restrições ao direito de expressão, reunião e associação. Número recorde de presos executados nos EUA, 38, desde a volta da pena de morte em 1977.

ÁSIA

Impunidade de policiais, tortura, “desaparecimentos” e detenção de presos de consciência. As novas liberdades se revelaram frágeis na ex-URSS.

Perseguição e tortura de opositores na Coréia do Sul. Na Coréia do Norte, continuou vedado o acesso de investigadores estrangeiros mas persistiram as denúncias de perseguição política e tratamentos degradantes, além de execuções, inclusive públicas.

Na China, milhares de presos políticos e de consciência, tortura, larga utilização da pena de morte.

EUROPA

Massacre de civis na Bósnia. Tortura e maus tratos por parte da polícia de vários países, ascensão do racismo e neonazismo como pano de fundo.

ORIENTE MÉDIO

Dramático aumento do recurso à pena de morte.

Detenções arbitrárias e prisões sem acusação ou julgamento na Arábia Saudita e na Síria. Prática de tortura no Egito, Ira, Israel e Territórios Ocupados e Tunísia.

As autoridades do Iêmen e do Iraque não prestaram contas pelo “desaparecimento” de detidos sob custódia.

Tortura e assassinatos de civis desarmados no Curdistão iraquiano.