Alguns dos mais recentes conflitos regionais se desenvolveram em desertos. As guerras do Golfo (1991), Irã-Iraque (1980-88), e as várias entre árabes e israelenses verificam-se, por exemplo, nas tórridas areias do Oriente Médio. Nos desertos, as chuvas dificilmente ultrapassam os 250 mm anuais. Por essa razão, o deserto não fornece quase nenhum recurso. A maior parte dos suprimentos (alimentos, água) têm que ser transportados. Na Segunda Guerra, os alemães que lutavam na África gastavam metade do combustível para transportar suprimentos.
As condições de solo dos desertos dificultam em muito o uso de tanques, principal arma usada em guerras nessas regiões. Na Guerra dos Seis Dias (1967), os tanques israelenses avançavam apenas 65 Km por dia, embora pudessem desenvolver 24 Km/h. O calor, a areia e o pó são outras fontes de problemas.
Os motores sofrem superaquecimento também por efeito de entupimentos causados pela areia. Além disso, as freqüentes tempestades de areia dificultam a visibilidade. A falta de nitidez e as miragens quase impossibilitam uma orientação correta. As temperaturas no deserto podem atingir mais de 50 graus C à sombra entre as 11h e 15h, e de madrugada caem até abaixo de zero. Além do ataque de insetos e répteis enfrenta-se, também, doenças associadas ao calor – assaduras, brotoejas e insolação.
Na guerra do deserto, a aviação apresenta uma ampla vantagem tática, porque do alto dispõe-se de grande visibilidade, e os alvos em terra (soldados de infantaria e veículos) ficam completamente expostos Apesar de helicópteros e aviões que voam a baixa altitude serem vulneráveis a tempestades de areia, o domínio aéreo é fundamental. Não fosse por isso, a Guerra dos Seis Dias não teria sido tão rápida e os EUA seus aliados não teriam derrotado tão facilmente o Iraque de Sadam Hussein.
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