Japão pede desculpas pelo velho imperialismo, ensaiando os passos de uma política externa adaptada ao ambiente do pós – Guerra Fria
Quatro anos depois do massacre dos estudantes na Praça da Paz Celestial, a China volta a concentrar as atenções da comunidade internacional. Mas, em vez da saraivada de críticas de 1989, recebe elogios gerais pela aceleração das reformas econômicas. A atividade fervilhante das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) – as regiões do litoral sudeste abertas aos investimentos estrangeiros – atesta a integração com o macro – área da Bacia do Pacífico. Hong Kong, colônia britânica que retornará ao controle chinês em 1997, funciona como a principal ponte entre a China e o conjunto de economias industriais do leste asiático.
O mundo ocidental emite sinais evidentes de aprovação da estratégia chinesa, que combina o liberalismo econômico das ZEEs com o dirigismo totalitário do PC. O Japão, pólo irradiador dos investimentos na macro-área, está na vanguarda das iniciativas destinadas a consolidar um ambiente diplomático favorável para a cúpula chinesa. As recentes eleições japonesas derrotaram o Partido Liberal Democrático, no governo há décadas. O novo governo, preocupado em definir uma política externa mais afirmativa, tomou a iniciativa de expressar as desculpas de Tóquio pelo expansionismo japonês do período anterior à 2ª Guerra.
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