Cerca de um pouco mais de 30% dos imigrantes são intra-comunitários. Originam-se, em sua maioria, da Europa mediterrânea e dirigem-se, preferencialmente, para as áreas ao norte. São exemplos desses imigrantes os portugueses que migram para a França e os italianos do Sul que rumam para o norte de seu país ou Alemanha.
A conjunção do aumento da pobreza com o crescimento da onda migratória faz com que os mais ricos tendam a erguer barreiras, “muros” invisíveis para deter os mais pobres. O racismo, a violência, a intolerância, a xenofobia e o renascimento do nazifascismo são os aspectos mais visíveis deste processo.
As águas de Gibraltar não podem se transformar num Muro de Berlim, nem a Cortina de Ferro da CEE num sucedâneo da extinta Cortina de Ferro – diz o escritor espanhol Juan Goytisolo. Caso este apelo não ganhe força, o mais provável é que a “Europa unida, próspera e democrática” vá se mostrar um sonho de uma noite de verão.
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